De acordo com informações do Valor Investe, é crucial que as pessoas mais velhas estejam atentas a possíveis golpes cibernéticos. Com o avanço das novas tecnologias, a vida de todos, inclusive dos idosos, tornou-se mais otimizada. A facilidade de se comunicar, acessar conteúdos e até mesmo realizar transações bancárias passou a fazer parte da rotina desse público.

Wanderson Castilho, especialista em crimes digitais, explica que a pandemia intensificou o uso da internet, fazendo com que os idosos se tornassem mais ativos no ambiente online. No entanto, muitos deles ainda possuem pouco conhecimento sobre segurança digital. Os golpes direcionados aos idosos variam desde assuntos relacionados à aposentadoria e bloqueio de cartões de crédito até ações de pessoas mal-intencionadas que têm acesso direto a eles. Infelizmente, os idosos são um dos alvos mais vulneráveis para os criminosos.

De acordo com um levantamento da empresa LexisNexis Risk Solutions, em 2021, as fraudes em transações digitais envolvendo pessoas de 18 a 24 anos e pessoas acima de 75 anos foram as que mais cresceram. Entre os mais jovens, as fraudes são frequentemente decorrentes da exposição excessiva de dados na internet. Já entre os idosos, destacam-se as ações de golpistas, bem como fraudes envolvendo parentes que utilizam o celular dessas pessoas para obter empréstimos, realizar transferências e comprar itens sem o seu consentimento.

Para ajudar a entender o comportamento dos golpistas, Castilho lista algumas dicas importantes. Confira:

1- Phishing: Esse tipo de golpe é um dos mais comuns. Os criminosos utilizam e-mails, mensagens de texto, ligações e até mesmo cópias idênticas de sites conhecidos para persuadir os consumidores a fornecerem seus dados pessoais, como login, senhas e detalhes do cartão de crédito, em páginas falsas para realizar golpes. Eles costumam usar frases como “sua aposentadoria está bloqueada” para roubar dados e dinheiro das vítimas.

2- Pessoas se passando por outras no WhatsApp: É comum encontrar pessoas usando a foto de outras pessoas. A abordagem é a mesma: “Salve meu novo número, mãe”. Em casos assim, tente ligar para a pessoa no número antigo ou no número atual. Se ela não atender, isso já é um grande indício de golpe.
Pedido de ajuda financeira virtual: Esse é um golpe atualizado da antiga fraude do “falso sequestro”. Após a primeira abordagem, os criminosos geralmente solicitam ajuda financeira. “Mãe, faça uma transferência pelo Pix, depois eu te reembolso, é urgente”. Não faça isso de forma alguma. Verifique sempre se o Pix identificado pertence à pessoa que você conhece.

3- Links falsos: Os criminosos utilizam links em campanhas importantes para capturar dados pessoais. Infelizmente, esses links costumam ser compartilhados por pessoas do nosso ciclo social que, provavelmente, já foram vítimas do golpe e não sabem disso. Para se proteger contra esse tipo de golpe, é recomendado ter um antivírus instalado no celular, pois ele pode identificar ameaças em tempo real. Além disso, informe-se antes de repassar qualquer link.

4- Promoções: Desconfie de promoções muito vantajosas. Lembre-se sempre de que quanto mais atrativa for a história, menos verdadeira ela provavelmente é, alerta Castilho.
Para se proteger, o primeiro passo é buscar informação. É fundamental estar sempre atento e atualizado sobre as notícias e os golpes mais comuns que circulam na internet. A educação digital é extremamente importante e uma grande aliada na luta contra esses crimes. O especialista afirma que em 97% dos casos, os crimes virtuais ocorrem com a ajuda das vítimas. Portanto, sempre peça ajuda a um familiar antes de compartilhar ou clicar em links suspeitos.

5- No caso de compras online, Castilho ensina uma técnica simples: os 3Ps – “Pare tudo, pense e pesquise”. Golpes relacionados a compras geralmente vêm acompanhados de grandes promoções que incentivam a compra impulsiva. Por isso, parar tudo e fazer uma pesquisa pode evitar que você se torne uma vítima.

Além disso, é importante ficar atento às senhas e evitar usar a mesma senha para todas as suas contas e aplicativos bancários. As senhas são a porta de entrada para prejuízos financeiros e danos morais irreparáveis.

Fonte: Valor Investe

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